Espalhadas pelos quatro cantos do país, as mulheres estão cada vez mais presentes no cenário literário. Esse movimento é fruto de anos de luta por reconhecimento e espaço, consolidando uma conquista que se reflete nas páginas escritas com sensibilidade, força e ousadia.
Nesse contexto, destaca-se Joizacawpy Muniz Costa, pedagoga, professora, escritora e membro de diversas academias literárias, como a Academia Poética Brasileira, a Academia Maranhense de Ciências e Belas Artes e o Coletivo de Escritores Maranhenses. Autora de quatro livros, entre eles Deixa-me Voar (2025), Joiza constrói uma obra marcada pela poesia, contos e crônicas que mesclam emoção e reflexão, resgatando memórias, sentimentos e histórias que dialogam com a vida real. Sua escrita é também resistência e superação, uma vez que transforma vivências pessoais em legado cultural.
Ao lado de sua trajetória, outras mulheres marcaram e continuam a marcar a literatura nacional. Entre elas, Conceição Evaristo, mineira que conquistou reconhecimento com uma escrita que mergulha na realidade social brasileira, traduzindo dores e resistências em palavras. Maria Firmina dos Reis, a primeira romancista brasileira, ressurge na história com o devido reconhecimento graças ao resgate de pesquisadores, revelando sua importância fundadora para a literatura. Recorda-se ainda Laura Rosa, conhecida como Violeta do Campo, poeta, contista e conferencista maranhense que ocupou a cadeira nº 26 da Academia Maranhense de Letras e deixou poemas que uniam simplicidade e complexidade em uma expressão única.
Essas vozes femininas, do passado e do presente, constroem uma rede de memória, resistência e criação. Joizacawpy, com sua produção sensível e plural, é parte fundamental desse mosaico literário que amplia horizontes e reafirma o lugar das mulheres como protagonistas da literatura brasileira.
